terça-feira, 19 de julho de 2011

PAPO DE BANHEIRO


Esse é um assunto que quase ninguém gosta de comentar, mas tenho certeza que muita gente uma vez na vida teve este problema. Aliás, o comentário só aparece quando você está com umas 10 cervejas na cabeça e numa roda de amigos.

Isso mesmo... to falando daquela puta dor de barriga que aparece do nada em horas em que não deveria aparecer.

Aconteceu com um colega meu kkk.. ahan colegaa.. ELE me contou que essa semana aí deu uma baita dor de barriga no meio do expediente e o pior de tudo é que o banheiro da empresa parece um megafone: tudo o que se passa lá dentro, a empresa inteira ouve. Um xixizinho vira cachoeira, imagina a merda então...o povo é capaz de achar que estamos sendo atacados por mísseis!

Fora que esse 1x1 (tamanho do banheiro ta) fica ao lado da copa affffffff...e tem uma abertura pra ninguém morrer sufocado dentro dele (não tem janelas), mas imagina quem está saboreando um almoço gostoso como deve ficar sentindo o cheirinho de merda feita!

Como vocês puderam ler, este banheiro estava fora de cogitação naquela hora... aí ele suando começou a pensar onde poderia descarregar aquela merda toda. Ahannn!!! Clarooo... perto de lá tem um shopping e nada melhor do que banheiro de shopping para dar aquela cagadinha certo? ERRADO!!!

Se for parar pra pensar é melhor que ficar dentro do megafone, pois lá tem mais de uma privada, é enorme e ninguém vai dar a mínima pra você! Pois bem, é lá mesmo que ele foi parar! Numa disparada e rebolando mais do que nunca, chegou ao banheiro, se trancou, olhou pra privada e pensou: Humm e se der vontade de dar aquele peidinho?? Vou ter que enfiar a bunda inteira no buraco, assim abafa o som e o cheiro! Kkk

Imagina a satisfação de estar prestes a acabar com um problema que poderia incomodá-lo por mais umas 4h.... boa né? Bom seria se não tivesse entrado bem ao lado duas meninas FDP de uns 06 anos que começaram a ver quem ia mijar primeiro e reclamar do cheiro do banheiro. Adivinha o que aconteceu????? O que era pra sair voltou pra trás!!! Éééé.. voltou de vergonha!

O FDP tem vida própria e se envergonhou de ouvir as menininhas do lado e se entocou de novo! Imagina a situação do sujeito todo suado, rezando pra sair e a porra num sai! Só conseguiu mesmo quando pensou: Não vou deixar que um “lá” domine minha vida! Fez uma força descomunal eeeeee.. CONSEGUIU!

Comprovamos então que existem partes no nosso corpo que tem vida própria. Um deles é “lá”!

Muitas pessoas sofrem com seus “lás”... eles são muito temperamentais e precisam ficar isolados por completo para fazer o seu trabalho! Uma batida na porta, ou um simples passo dentro do local, o “lá” atrofia! Isso é de matar qualquer um!

Agora você que ta dizendo aí que nunca passou por isso...ahhhhhh... ta com vergonha é?Afinal é nojento falar sobre isso... sim sim é nojento mesmo! Mas não existe alívio melhor do que poder dar uma cagadinha em atraso rsrsrsrsrs....

sexta-feira, 15 de julho de 2011

É FOGO!!!!


Apesar de gostar muuito do frio, sempre tem o lado ruim da história: sinusite, rinite...tudo que termina com ITE a beleza aqui tem. Para piorar, como todos os dias pego estrada, ainda tenho que enfrentar as incessantes queimadas que vejo ao longo da estrada... (quem tem as ITES como eu, sabe do que estou falando).

Pra não meter a boca sem saber, eu acabei pesquisando sobre as causas de tantos incêndios neste mês.... e PASMEM... eu achava que eram os malditos fumantes que vivem jogando as porras de bitucas de cigarro pela janela........... não não... ah ta... eles colaboram, mas os vilões da história são os CAMINHÕES. Siiiimmmm aqueeeeles idiotas (nem todos tá) que vivem enfiando o nariz na bunda de nossos humildes carrinhos populares e quando não o fazem, andam a 40Km/h na pista expressa!!!

Ta, ta, voltando ao tópico........... através de uma pesquisa, foi constatado que o principal causador de queimadas em beira de estrada é a fuligem dos motores de caminhões que sai pelo escapamento.

O motor gera a fuligem que é causada por queima irregular do combustível por motivos diversos, como: filtros de ar obstruído, desgastes em componentes internos como bicos injetores, bombas e válvulas.

Imagina só.. o motor está queimando combustível com uma temperatura de aproximadamente 800ºC ... então a fuligem que fica no escapamento sai incandescente (400ºC) e acaba caindo no capim seco das beiras de estradas com qualquer vibração do caminhão. Vale lembrar que a saída do escapamento do caminhão é para os lados direito, esquerdo, para baixo e raramente para cima.

Isso , combinado com o tempo seco, engata um início de queimada que depois de alguns minutos BUUUMMM ..vira um incêndio daqueles... aí o povo passa por ele, olha, faz uma cara de ÓÓÓÓ e não faz mais nada...isso mesmo !Não fazer NADA!! E quando ligam para os bombeiros, os mesmos demoram um SÉCULO pra chegar no local... aí quando chegam, já era! Ta tudo devastado!

A minha conclusão com tudo isso é............. MUROS DE CIMENTO AO LONGO DA EXTENSÃO DAS RODOVIAS.

É isso aí! E não adianta falar: “Aiii, mas o governo poderia criar incentivos para os caminhoneiros andarem com os caminhões sempre em situação boa para rodar!” ou “Ahh, é só colocar uns fiscais nas rodovias para ver isso e boa!”

NÃO ADIANTAAAAAAAA!! A única coisa que poderíamos conseguir com isso (não nós, mas os governantes) é enfiar mais dinheiro no bolso deles!

Pensa comigo... hoje, quem mora na região de Campinas, se quiser ir para Indaiatuba, ou Itu, precisa pagar um pedaginho de R$ 10,10 (ida e volta) PUTA QUE O PARIU!!!!!

E me fala.... o que eles fazem com todo esse dinheiro???? Vai se fuder se responder que tudo é usado pra melhorias nas estradas!!! Porque NÃO É!

Bom,... já que esse povo ta milionário... não custa fazer esses muros.. porque dinheiro TEM!

E olha que legal... além de não ter mais queimadas, não teria mais aqueles pedestres imbecis que gostam de cruzar sua frente e nem atropelamento de animais (que ao contrário dos pedestres são coitadinhos porque não pensam como nós né.. bããã óbvio!).
TÁ DADA A DICA!!!!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Meu filho, você não merece nada!


Gente, dessa vez vou fazer o conhecido (Ctrl+C Ctrl+V) mas é por uma ótima causa. Uma matéria da jornalista, escritora e documentarista Eliane Brum. (Ahhh indicação de uma amiga minha daqui do trabalho). É enorme mas vale a pena ler!!!!

"Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.


Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.


Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.


Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.


Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.


É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?


Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.


Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.


Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.


A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.


Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.


Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.


Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.


Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.


O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.


Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.


Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.


Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.


Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.


DEMAISSSSSSS!